domingo, 4 de dezembro de 2011

Professores participantes do Projeto de Extensão 2011/2012

Título: METODOLOGIA DE ENSINO: o lúdico na prática dos professores da educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental.

Coordenação: Profª Ms. Simei Santos Andrade

Professores selecionados para o Projeto de Extensão 2011/2012

Ana Cláudia Santos Souza
Ana Cristina Raiol Gomes
Catiane Portal de Souza
Cyane Oliveira Pereira
Denilma Ferraz da Costa
Eimar Deney Pereira Cabral
Elizângela Bentes Jordão
Francisco Antônio Almeida Pereira
Ivone Souza Andrade
Joana Maria Moy da Costa
José Luis de Miranda Maués
Kátia Suely Saraiva de Paula Moraes
Letícia Silva e Silva
Lourilenes Araujo Benjamim
Lúcia de Fátima Lobato Ferreira
Lucileia da Costa Silva
Luis Carlos da Cunha Oliveira
Mª da Galileia da Silva Rosa
de Jesus Albuquerque Rodrigues
Mª José de Lima Gomes
Mª do Socorro da Costa Conegundes
Marlene Maria Costa
Mirian Leão Costa
Priscila de Lourdes da Silva Melo
Rosangela  Serra Cohen
Rosemary Pombo de Andrade
Simone Mouta de Oliveira
Welia da Silva Araújo
Vanderlene Ranieri Santana Candurú Viégas

Artigo - O PALHAÇO E A INFÂNCIA

O palhaço e a infância
(El clown y La infância) Jesus Jara, Trad. Marton Maués
Muitas vezes se diz que o palhaço é como uma criança. E não estão errados os que o dizem. Há muitas características das crianças no universo do palhaço, em seu comportamento, sua forma de raciocinar, sua maneira de enfrentar os problemas. Em suas brincadeiras, suas reações, sua mudanças de humor, como por exemplo, a passagem do choro para o riso sem transição. A curiosidade, a ingenuidade, o olhar claro, a sinceridade, a espontaneidade, certamente, são conceitos comuns nas pautas do comportamento da criança e do palhaço. O desejo de possuir, de brincar e experimentar, de aprender, têm sutis laços entre um e outro.
A capacidade de reação ante a queda, seja física ou emocional, a entrega total diante do que chama sua atenção, o desconhecimento do perigo, o desejo de abarcar tudo, a eterna indecisão diante duas fontes de atração irresistíveis. E, especialmente, o imaginário. Essa capacidade para transportar-se à outra realidade, inventada, sonhada, recriada desde o desejo de aceder a ela. Uma espécie de lacuna ou parêntesis espaço-temporal que possibilita uma assimilação de alguns aspectos da realidade diária e próxima. Um trampolim até o jogo, a aventura. Um aspecto fundamental do aprendizado. Uma atrativa simbiose entre conhecimento e gozo. Um elemento de desenvolvimento pessoal e, ao mesmo tempo, de socialização, de convivência, de aceitação e entrega.
As crianças se identificam facilmente com o palhaço. Especialmente quando entram em confronto com o Cara Branca, o qual identificam com os adultos. O palhaço faz tudo o que eles desejam fazer. Rebelar-se, desobedecer, transgredir o proibido, importunar, divertir-se. BRINCAR. Através dele projetam seus desejos, seus projetos, tudo o que querem fazer e lhes é proibido pelos adultos.
Por isso é normal que observar uma criança seja fonte de inspiração para o palhaço. Um dia, Charles Rivel revelou o segredo secreto do famoso uivo que ululava na pista como final de seus choramingos: “Um dia, meu filho, quando dava os primeiros passos, vestimos com um bonito traje de uma brancura imaculada. Ele se sentia tão feliz como sua mãe e eu. São tão graciosas as crianças!... E de pronto, meu menino começou a chorar e a chorar, desconsoladamente. Chorava e se aproximava de mim desconsolado. - Que passa, filho meu? -, lhe perguntei. Ele, chorando e soluçando, de repente, me estendeu os braços e lançou um prolongado gemido, levantando o rosto até o espaço.: - UUUUUuuuu!... UUUUuuuuu!... - . E pude comprovar que tinha sujado as brancas calças do lindo traje recém estreado. Não pude conter o riso e, por isso, agora na pista do circo imito seus choros estrondosamente e revivo assim a recordação de meu menino”.
Porém o palhaço não é uma criança. Tem idade de adulto e, portanto, viveu e experimentou muitos mais anos que uma criança. Não se pode apagar de um momento para outro tudo isso de sua memória. As pessoas, e os palhaços que existem por trás de cada uma delas, são como são e se comportam de determinada maneira como parte das experiências vividas desde seu nascimento.
O palhaço é, ao contrário, um adulto que atua sempre como o fazem os adultos quando não são observados, quando não estão expostos ao juízo dos demais. Há um relato de Maximo Gorki e 1923, Os homens sozinhos consigo mesmos, em que ele conta como em certa ocasião surpreendeu um palhaço inglês, Rondal, saudando respeitosamente a si mesmo sozinho. “Não  havia espectadores. Em um corredor deserto, ante um espelho, o palhaço tirou a cartola e fez uma reverência diante de sua própria imagem. No corredor não havia uma alma. Eu levantei casualmente a cabeça no preciso momento em que se saudava a si mesmo com toda solenidade”.
É que quando nos encontramos sós, nosso comportamento se torna livre, dando vazão as nossas verdadeiras emoções e mostrando a nudez de nosso interior. No mesmo relato, Górki diz: “Também vi como A. Tchecov, sentado no jardim de sua casa, tentava pegar com um chapéu um raio de luz solar e, sem nenhum êxito, colocá-lo na cabeça junto com o chapéu. Pude apreciar como o fracasso irritava o caçador de raios solares e seu rosto parecia cada vez mais contrariado”.
Seria impensável que esse comportamento se produzisse rodeado de adultos, sob pena de não lhe importar expor-se a seu imediato internamento em um manicômio. Mais adiante, Górki acrescenta: “Léon Tolstoi perguntava constantemente a uma lagartixa:
Estás bem, de verdade?”
A lagartixa tomava sol sobre uma pedra. Tolstoi estava de pé diante dela, com os dedos das mãos metidos no cinturão. Então, esse grande homem universal confessou à lagartixa:
“Pois eu me sinto mal”.
Essa é a diferença entre os adultos e as crianças. Os primeiros só se comportam como os segundos quando estão sós. As crianças o fazem quase sempre, esquecendo que estão sendo observadas. E só vão perdendo essa capacidade à medida que vão crescendo e assumindo os sentidos do ridículo, característico do mundo adulto.
Esse é o milagre do palhaço, que consegue comportar-se como uma criança sem renunciar à sua idade. E não só sem se preocupar se o olham ou não, senão com a necessidade de que o façam, compartilhando assim suas vivências com os demais. Voltamos a Charles Rivel como exemplo. Quando tinha 82 anos, ele mesmo dizia que era um menino, e vendo suas atuações se observa que, efetivamente, assim era. Porém, com a bagagem de sua idade, com seus 82 anos.
E um dos números de sua época, seu palhaço tenta fazer um equilíbrio com uma cadeira, porém não pode e a cadeira lhe golpeia na cabeça. Lhe dói e chora desconsoladamente. Chega uma menina a quem imediatamente começa a contar o que aconteceu. E o faz como um menino, falando de maneira entrecortada e sem deixar de chorar, de uma maneira certamente ininteligível. Continuando, se dirige à cadeira e lhe fala, cada vez mais enfadado, até que, finalmente, lha dá um chute, se machuca, e volta a chorar. A menina só consegue que deixe de fazê-lo quando lhe oferece uma garrafa de... aguardente, ou seja, de novo aparecem seus 82 anos. E em seguida, de novo troca sua idade, volta a ser um menino entusiasmado diante da proposta de aprender uns passos de balé. Durante o aprendizado, imagina que é um guarda de trânsito, brinca com sua mãos e as da menina. Morde-lhe um dedo, escapa dela para não ser golpeado, enfim, se comporta como uma criança. Uma criança de 82 anos...
Assim que mais vale pensar que os adultos são crianças atrofiadas e não que as crianças são adultos imaturos.

Artigo - O OLHAR DO PALHAÇO

O OLHAR DO PALHAÇO
Jesús Jara, in El clown, un navegante de las emociones (trad.: Marton Maués)
O palhaço olha de frente, olhos abertos, sobrancelhas arqueadas. Inocência. Olhar claro, receptivo, aberto a receber, sentir e conhecer. Olhar que anuncia, que informa. Transparência total até quando tenta ocultar.  O palhaço procura compartilhar, envolver a quem que lhe observa. Arrebata-lhe seu desejo de cumplicidade com os outros. É como a criança que necessita que seus pais participem constantemente de sua aprendizagem e sua constante evolução. “Olha, papai, olha o que eu faço... Olha, mamãe, olha o que sinto. Olha. Olha e veja-me, esse sou eu, isto me emociona, isto eu descobri... Quero ir ali, posso ir?”
O olhar do palhaço acompanha seus pensamentos, suas convicções. Suas dúvidas e de novo suas convicções, nesse processo contínuo de fazer, deter-se para observar, e continuar fazendo. Olhar curioso, olhar inocente daquele que descobre coisas a cada segundo. Daquele que se assombra e sorve experiências que nunca, a diferença do ser humano, lhe retraem ou lhe distanciam, o convertem em anti-social ou individualista.
No palhaço o olhar é uma porta aberta para comunicar, para expressar. Nunca para ocultar, nem sequer quando tenta. É uma porta social para o intercâmbio, a ponte de comunicação de seu mundo interior. E a maneira de confrontar este com o dos demais, com as normas sociais. Seu olhar é um diário aberto através do qual recebemos permanente informação sobre suas intenções, ilusões, experiências, decepções, medos, desejos. Seus sentimentos escapam por seus olhos como a fumaça pela chaminé, de maneira natural, irrefreável, quase involuntária.
Um palhaço de circo, Machuca, aconselhou a outro que começava: “Se queres te fazer com o público, tens que olhar o espectador cara a cara, ou do contrário o público se meterá contigo, te fustigará. Tens que olhar as pessoas cara a cara para ganhá-las.”
É que seu olhar é um cintilar de cumplicidade, um convite à confidência. E essa corrente de confidências se converte em um despir-se entre os demais. E diante desse desnudamento, diante de tanta dignidade para mostrar-se, ao público só resta uma resposta, uma atitude: o respeito e a admiração.
Se um palhaço não nos olha, não existe.

Artigo - E O PALHAÇO O QUE É?

E O PALHAÇO O QUE É?
(Marton Maués)

As definições a respeito do clown (palhaço) não variam muito. Esteja ele onde estiver, nas ruas, no picadeiro ou no palco, o clown é um representante da total liberdade de ser, é aquele que se mostra sem medo e, assim, mostra a nós todos nossos próprios medos. O clown se expõe, ri de seu próprio ridículo, assume-se como é ingênuo, grotesco, engraçado e lírico revelando aos que o assistem e riem dele o ridículo de suas próprias condições.

Ao longo dos anos, desde o seu aparecimento no moderno circo de Philip Astley, a figura do palhaço vem ganhando relevo, chamando a atenção de artistas e pesquisadores. Para Jacques Lecoq (1997), um dos grandes estudiosos da arte do clown no mundo, sobretudo o clown ligado ao teatro, foi precisamente nos anos sessenta que essa busca se intensificou. Em sua escola, criada em Paris em 1956 e a qual chamava simplesmente L´Ecole (como é conhecida mundialmente), o ex-ginasta e também ator apaixonado pela arte teatral, pesquisou e explorou exaustivamente o cômico e a arte clownesca. Lecoq[1] cunhou o conceito de clown pessoal, fundamental à preparação e formação dos atores de sua escola e, hoje, metodologia utilizada por vários grupos e artistas.

Essa busca de seu próprio clown reside na liberdade de poder ser o que se é e de fazer os outros rirem disso, de aceitar a sua verdade. Existe em nós uma criança que cresceu e que a sociedade não permite aparecer; a cena a permitirá melhor do que a vida. (Lecoq, 1997, p. 154)

Cada ator tem seu próprio clown, único e com características próprias, extraídas dele mesmo. Um clown não se improvisa, um clown é.

O clown não existe fora do ator que o representa. Nós somos todos clowns, nós nos achamos todos belos, inteligentes e fortes, quando nós temos cada um nossas fraquezas, nossa derrisão, que ao serem exprimidas fazem rir (Lecoq, 1997, p.156).

Lecoq observa que buscar o clown é buscar a própria derrisão, o próprio ridículo. O ator deve descobrir em si a parte clownesca que o habita. “Menos ele se defende, menos ele tenta representar um personagem, mais o ator se deixa surpreender por suas próprias fraquezas, mais seu clown aparece com força” (Lecoq, 1997, p. 157). Para Burnier, a descoberta e a tarefa de criação do clown é extremamente dolorosa, põe a nu seu proponente, daí ser também uma tarefa extremamente e positivamente humana.

O clown é a exposição do ridículo e das fraquezas de cada um. Logo, ele é um tipo pessoal e único... O clown não representa, ele é – o que faz lembrar os bobos e bufões da Idade Média. Não se trata de um personagem, ou seja, uma entidade externa a nós, mas da ampliação e dilatação dos aspectos ingênuos, puros e humanos (como no clods), portanto ‘estúpidos’, do nosso próprio ser (Burnier, 2001, p. 209).

É preciso compreender e saber jogar o jogo do clown. Segundo Lecoq, o ator deve entrar em cena aberto, disponível, sem defesas, sempre em estado de reação e de surpresa, sem preceder a condução do jogo, “telefonando”, como dizem na França, “reagindo antes que tenha um motivo para fazê-lo” (Lecoq, 1997, p. 155). O mestre explica:

O clown é aquele que dá furo, que estraga seu número e com isso coloca o espectador em estado de superioridade. Por esse fracasso ele desvenda sua natureza humana profunda que nos emociona e nos faz rir. Mas não basta estragar qualquer coisa, é preciso estragar aquilo que a gente sabe fazer, quer dizer, uma proeza. Eu peço a cada aluno que faça alguma coisa que só ele na classe sabe fazer. Le grand écart[2], entortar os dedos, assobiar de uma certa maneira. Pouco importa a virtuosidade do gesto, a proeza só existe quando o aluno é o único a poder realizá-la. O trabalho clownesco consiste então em por em relação a proeza e o furo. Peça a um clown para fazer um salto perigoso, ele não consegue. Acerte-lhe um pontapé no traseiro e ele o faz sem se dar conta! Nos dois casos ele nos faz rir. Se ele não consegue jamais, nós caímos no trágico (Lecoq, 1997, p. 155).
             
Palhaços são perdedores, são frágeis, vulneráveis. É da fraqueza que retiram sua força. Eles não têm vergonha de seus defeitos e os mostram despudoradamente – a sociedade nos quer a todos fortes, bonitos, inteligentes, bem sucedidos. Os palhaços subvertem essa vontade social, passam de um erro a outro erro em sucessão; e é na derrota que saem vencedores. Por isso nós os amamos. O clown joga do lado do perdedor, e nos identificamos com ele. Eles estão próximos de nós, de nossa natureza, por isso nos tocam, nos fazem rir e nos comovem.

Criativo, provocador de emoções, de sentimentos, sensações e de riso, com sua visão de mundo e seu intento de passar por cima de seus fracassos, o palhaço é a criança que cada um carrega dentro de si, sem tabus. É o que pensa o espanhol Alex Navarro, palhaço e estudioso do assunto, que mantém um site na internet[3], rico em informações técnicas, conceituais e históricas. Para ele, o palhaço quer amor e aceitação, quer ser como os outros, pois assim pensa ser aceito pelos demais; como a criança que quer ser um adulto. Para Navarro, as crianças de 1 a 3 anos são cem por cento clowns e com elas muito podemos aprender, pois têm timing, ingenuidade e as mais importantes bagagens básicas do clown de forma natural. Do seu ponto de vista, o clown vem da criança. Navarro dá alguns exemplos dessa afinidade entre a criança e o palhaço. Vejamos:
1.      Querem ser amadas por seus pais e em geral pelo mundo inteiro. O clown pelo seu público.
2.      Querem ser como os adultos e tratam de imitá-los. O clown faz o mesmo, deseja integrar-se e tentará parecer-se com as pessoas “adultas e normais”.
3.      São espontâneos e não têm senso do ridículo.
4.      Expressam suas emoções ao máximo e podem passar instantaneamente de uma para outra.
5.      Se uma criança dessa idade, por exemplo, bate com um brinquedo em um móvel, para um momento e olha seu pai ou sua mãe (para o clown, compartilhar com o público), se seus pais riem, muito bem (êxito), isso significa que deve seguir batendo com o brinquedo; se não riem (fracasso), deve bater com mais força ou então buscar outra maneira, quem sabe bater em outro móvel, ou bater no mesmo móvel com outro brinquedo. As crianças, sempre que fazem algo, olham o adulto para compartilhar e buscar sua cumplicidade, e suas atitudes, depois, dependerão da reação do adulto.
6.      São tremendamente curiosos e qualquer coisa pode surpreendê-los e aluciná-los. Capacidade de assombro do clown.
7.      Se lhe dão um brinquedo caríssimo podem tirá-lo da caixa, deixá-lo de lado, e passar horas brincando com a caixa e o envoltório. É o mundo ao contrário do clown.v

O clown é, pois, esse ser que vê tudo de um modo particular e próprio. Um gerador de emoções que quer e precisa do contato com outro, do jogo com o público. No trabalho do clown não existe a famosa quarta parede do teatro[4]; para o clown não existem paredes. No trabalho clownesco há um trânsito intenso entre palco e platéia. Aliás, para o palhaço as fronteiras entre esses dois espaços têm contornos indefinidos. Ele quer romper limites estabelecidos, nos tirar a todos do conforto passivo da assistência, jogar conosco, nos fazer partícipes desse jogo que é, em si, um exemplo do jogo da própria vida.

Mas fazem tudo isso de forma intensa, plena. Com emoção e imaginação ampliadas. No artigo “Procurando Pelo Seu Palhaço... e Encontrando a Si Mesmo”, publicado na revista Art et Thérapie, Bertil Sylvander [5] nos diz:

A intensidade com a qual os clowns sentem é devida ao fato de que eles vivem o momento presente de cada segundo. Sentimentos e emoções no presente são as coisas mais importantes no mundo para eles, e não estão preocupados pelo que o próximo segundo poderá trazer. Os clowns despendem tempo em saborear os extraordinários tesouros internos do momento. Permanecer próximo do presente permite aos clowns viver ao máximo suas emoções (Sylvander, 1984).

O clown vive emoções intensas e com intensidade, mas não se deixa levar por elas. Quando percebe que o copo está cheio, quase a transbordar, livra-se, brinca com as emoções e sentimentos vividos e compartilhados com o público naquele momento presente. Brincando, ele quebra a dramaticidade do instante, provocando alívio e riso. E o riso é a matéria prima do palhaço.


Bibliografia:
BOLOGNESI, Mario Fernando. Palhaços. São Paulo: Editora Unesp, 2003.
BURNIER, Luiz Otávio. A arte de Ator: da Técnica à Representação. Campinas:   Editora da Unicamp, 2001.
CASTRO, Alice Viveiros. Um pouco de história não faz mal a ninguém... IN. Revista Anjos do Picadeiro 3. Rio de Janeiro: Anjos do Picadeiro 3. 2002.
LECOQ, Jacques. Lê Corps Poétique. Paris: ACTES SUD, 1997.
PUCCETTI, Ricardo. Caiu na rede é riso. IN. Revista do Lume. UNICAMP – LUME -  COCEN. Campinas: UNICAMP – No 2, agosto de 1999.
RUIZ, Roberto. Hoje Tem Espetáculo? – As origens do circo no Brasil. Rio de Janeiro: Inacen, 1987.
SYLVANDER, Bertil. Looking for your clown...and finding yourself (on line).
TORRES, Antonio (colaboração de Alice Viveiros de Castro e Márcio Carrilho). O Circo no Brasil. Rio de Janeiro: Funarte/São Paulo:Atração, 1998.





[1] Os textos de Lecoq, em francês, sem tradução no Brasil, foram traduzidos livremente por mim.
[2] Grande Salto, movimento do balé.
[3] www.clownplanet.com
[4] Convencionou-se dizer que, no teatro convencional, existe uma quarta parede, invisível, que separando palco e platéia, impossibilitando qualquer relação entre ator e espectador.
[5] Texto originalmente apresentado em francês, disponibilizado na internet na língua inglesa e traduzido livremente por mim.